Keila Gabryelle Leal Aragão (1), John Alisson Costa dos Santos (1), Adalberto Chaves (1), Maria de Fátima Benício de Melo(3), Maria Cristina de Assis(3)
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas/PIBID
O desenvolvimento de práticas de leituras escolares é crucial para a construção da competência leitora dos alunos. Segundo Orlandi (1988), a leitura pode ser entendida como “atribuição de sentidos”, isto é, uma relação em que o leitor não interage diretamente com o texto, mas com outros sujeitos ali existentes. Assim, nessa relação de confronto, o leitor se constrói crítico na medida em que questiona o escrito, partindo de sua própria historicidade. O presente trabalho apresentará um recorte dos conteúdos desenvolvidos pelo Subprojeto Língua Portuguesa, desenvolvido na Escola Estadual Liliosa Paiva Leite, em João Pessoa, PB. Vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, o subprojeto pretende contribuir para a construção da competência leitora dos alunos da referida escola, devido ao baixo desempenho demonstrado na avaliação feita pelo MEC do Índice de Desenvolvimento da Educação básica - IDEB. Nossa pesquisa tomou como base a observação de dados coletados em sala de aula, a partir da aplicação de seqüências didáticas de leitura e escrita, que são ferramentas primordiais para o desenvolvimento desses alunos leitores. Para tanto, lançamos mão dos pressupostos teóricos de Kleiman (1989,1993), Orlandi (1988), Silveira (1998), as Orientações Curriculares do Ensino Médio (2004), os Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa (2002) e o PCN+ (2002). Os resultados apontam que as estratégias de inferências e de verificação do texto, que envolvem uma leitura fluente, não foram devidamente alcançadas. Antes da leitura, a previsão sobre o texto não se fez presente de forma satisfatória. Durante a leitura, constatamos uma compatibilidade com o conhecimento prévio dos alunos e, após a leitura, o resumo não foi satisfatório, pois muitos deles desconheciam a estrutura do gênero, dificultando sua realização. Entretanto, na análise dos textos, observamos uma boa interlocução entre o autor e o leitor. Finalmente verificamos que, na escola sob análise, a compreensão leitora fica aquém do que se deseja para uma sociedade comunicativamente competente. Entretanto, com um trabalho contínuo e duradouro, poderemos construir um leitor crítico que pensa sobre o que lê. Esse é um dos desafios do subprojeto de língua portuguesa.
Palavras-chave: competência leitora; práticas de leituras; leitor crítico; PIBID
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