sábado, 15 de agosto de 2009

Eu deixei na pasta do Projeto uma cópia de uma matéria da Nova Escola desse mês que dá umas dicas de como trabalhar com gêneros. O foco é o ensino fundamental, mas garanto que é útil pra gente também. A reportagem chama atenção, por exemplo, que não se deve só informar os alunos sobre as características dos gêneros, mas ensiná-los a dominar cada um. Também explica como planejar um currículo hierarquicamente em atividades permanentes, sequências didáticas e projetos didáticos.

A matéria também está disponível na íntegra no site da Nova Escola. E quem quiser adquirir a revista, custa em torno de R$ 3 nas bancas.

Reproduzo a seguir uma parte do texto que achei interessante, até porque reforça que a gramática deve ser ensinada como um suporte para a expressão, e não como fim em si mesma. Escrevendo, o aluno aprende ortografia e sintaxe sem nem se dar conta.


As boas opções para abordar os gêneros em sala de aula

Existem muitas fórmulas de trabalhar os gêneros na prática. Nos quadros que acompanham esta reportagem, você conhece e compara duas propostas curriculares, de uma instituição privada e de uma rede pública. Ambas podem servir de exemplo para distribuir os conteúdos porque representam um passo além da chamada "normatização descritiva" (a tendência de explicar só as caracteristicas de cada gênero)."

Antes de detalhar como funciona essa abordagem que privilegia o ensino dos comportamentos leitores e escritores, vale uma palavrinha sobre os conteúdos clássicos da disciplina: ortografia e gramática. Eles continuam sendo muito importantes nesse novo jeito de planejar, pois conhecê-los é essencial para que os alunos superem as dificuldades. Que tempo verbal usar para contar algo que já aconteceu? Que recursos de coesão e coerência garantem a compreensão de uma história? "Saber utilizar a língua é o que mais influencia a qualidade textual", ressalta Beth Marcuschi. Para alcançar isso, porém, não é necessário colocar a ortografia e a gramática como "um fim em si mesmo", ocupando o centro das aulas. Assim como os gêneros, elas são um meio para ensinar a ler e escrever cada vez melhor.

Nas propostas curriculares da Escola Projeto Vida e da rede de Nova Lima, você vai notar que não existe uma progressão de aspectos "mais fáceis" para outros "mais difíceis", pois qualquer gênero pode ser trabalhado em qualquer ano. "O que deve variar conforme a idade é a complexidade dos textos", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. Além disso, é fundamental retomar o estudo sobre um determinado gênero (em diferentes momentos, mas para atender a necessidades específicas de aprendizagem).

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